É comum que os pacientes afirmem que seus quadros de diabetes, colesterol e pressão arterial estão “controlados”, o que indica que os diagnósticos passaram por intervenções positivas e os efeitos negativos foram sanados, certo?
Agora, vamos refletir sobre a obesidade, considerando-a como uma doença crônica. Será que não faz sentido também dizer que o quadro de obesidade está controlado, como um indicador de estabilidade para os pacientes?
Adotar essa percepção representa um grande avanço, pois trata a obesidade de fato como um problema de saúde e elimina a ideia de que a intervenção terapêutica tem como único objetivo a perda de peso (normalização do IMC) como meta final.
Quais são, então, os parâmetros?
É preciso corrigir a tabela: para IMC > 40, o valor considerado como obesidade reduzida ocorre quando há perda superior a 10%, e não entre 5-10%. Além disso, seria válido colocar um asterisco na parte inferior da tabela, informando que os valores utilizam como referência o peso máximo da vida, desconsiderando gestação e lactação.
O que você acha dessa abordagem? O controle da obesidade é progressivo, mas pequenos avanços já abrem portas para a prevenção de várias condições associadas ao quadro. É sob essa visão que oriento meus pacientes até que alcancem o IMC ideal.
